Paulo Ricardo, ou Boy para… todos!

Quando criei o Blog, imaginei um espaço de compartilhamento de informações, conhecimentos e pensamentos. Não apenas meus, mas do grupo social do qual faço parte, como família, amigos e colegas de trabalho. Dia desses, conversando com algumas pessoas, me veio a ideia de valorizar essas individualidades, foi assim que surgiu “Pessoas e Tribos”, nova seção deste Blog.

A intenção é contar ao mundo que as pessoas são diferentes e, apesar de viverem em tribos, as suas individualidades são a base de tudo. E pra começar, convidei um grande amigo, Paulo Ricardo, nome de artista e dono de uma vida assustadoramente agitada. É com ele o papo que você confere agora! =)

“Meu apelido virou minha carreira”

Paulo Ricardo Rodrigues da Silva tem 24 anos e mora no Jabaquara, zona sul de São Paulo. É mais conhecido como Boy, apelido que ganhou ainda adolescente, em uma escola pública. “Quando cheguei nesta escola meus novos amigos descobriram que eu estudei em uma escola particular e começaram a me chamar de “Boy” e esse apelido ficou até hoje”, conta.

Mais tarde, Paulo percebeu que este apelido o ajudou a conquistar a carreira de promotor de eventos que tem hoje, além de combinar muito com sua rotina de vida. Boy é apaixonado por futebol e viagens e, após anos promovendo baladas, diz que não tem um estilo de música preferido, pois aprendeu a gostar da maioria deles.

“Uma das melhores sensações do mundo para mim”

Boy é analista administrativo em uma financeira de segunda à sexta-feira e promotor de eventos de terça a domingo nas noites de São Paulo. Ele começou a ir para baladas com 12 anos, em matinês na Vila Olímpia, bairro conhecido pelas inúmeras casas noturnas.  “Como meu irmão era promotor de eventos na época, acabei me fascinando pelas loucuras que só a noite nos traz”, diz.

E com 13 anos ele começou a promover casas na Vila Olímpia, Brooklin e Morumbi. Boy conta que alguns amigos mais velhos o ajudaram e, desta forma, ficou mais fácil “entrar na noite”. “Há 10 anos não era qualquer um que entrava nessa vida, hoje em dia é tudo movido por dinheiro, o dono de casa noturna não quer saber mais quem está trabalhando para ele, quer ter o dinheiro no bolso e isso é o que importa”, explica.

Além de trabalhar das 8h às 18h durante a semana, ele “vira” as noites de terça a domingo, das 22h às 6h. “Já me acostumei com essa vida louca que tenho, afinal cada um faz a sua escolha na vida, eu fiz a minha e vou continuar persistindo até o fim”, diz Paulo, que em toda a conversa demonstra grande determinação pelos seus sonhos e orgulho pelas conquistas. “As vezes posso ficar um pouco desanimado e para baixo, mas concilio todas as minhas atividades da melhor forma possível”, revela.

“Acordar nos traz uma escolha”

É impressionante a gratidão desse menino aos seus pais, Ângela e Ubirajara. Paulo perdeu o pai com 20 anos e conta que ele sempre o ensinou que a cada dia devemos fazer uma escolha quando acordamos: a primeira opção é ser uma pessoa angustiada, triste, sempre “para baixo” e que reclama de tudo na vida, a segunda é ser uma pessoa alegre, feliz, batalhadora e persistente. “Por isso, todos os dias quando acordo, sempre escolho a segunda opção para a minha vida”, conta.

Questionado sobre um momento marcante em sua vida, Boy diz ser quando viu o sorriso no rosto da mãe e do pai o parabenizando por ter conseguido alcançar seus objetivos com tão pouca idade e por ser quem é hoje. “Aprendi que a vida nos traz muitos momentos bons e ruins, mas jamais devemos abaixar a cabeça, temos que batalhar, lutar e se entregar pelos nossos objetivos. Nada na vida vem fácil e tudo é questão de tempo para”, ensina o jovem de 24 anos, que tem como principais objetivos para o futuro crescer ainda mais espiritualmente e profissionalmente.

Ser diferente é…

“É ter a própria opinião, saber agir em situações difíceis com calma e segurança, mesmo sendo complicadas demais. É gostar de ajudar o próximo, é se importar com o outro, é saber perdoar mesmo que alguém jamais lhe tenha perdoado, é saber chorar suas tristezas, é saber perder e reconhecer seus fracassos e, no final, dar a volta por cima para conquistar todos os objetivos que a vida irá traçar”, conclui Boy.

E pra você? O que é ser diferente? Como é fazer parte de uma tribo e conciliar suas individualidades? Pense nisso e, fique de olho nas novidades do Blog.

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